domingo, 7 de agosto de 2011

Reflexos

É sempre o tempo de refletir
de repensar...
De andarmos de mãos dadas
por esta estrada
chamada vida.

domingo, 8 de maio de 2011

Quando a noite se vai.

Quando a noite cai
o sonho se esvai
em delírios de realidade.

Quando a noite cai
a insônia me atrai
pelas vielas da cidade.

Caminho entre desertas ruas,
túneis e vagos pontilhões,
desperto entre palavras cruas
em desertos e multidões.

Tudo se perde sem um porquê,
estrelas caem desacordadas,
do brilho desbotadas,
anêmicas de você.

Quando a noite cai,
a poesia se contrai
parindo um fonema
feito de papel e pena,
mel, pão e poema.

E quando a noite cai
a alma quase livre se vai
em busca da alvorada
até que sua eterna amada
se manifesta como novo dia
de esperas e quimeras,
em uma nova poesia.

Abraça-o num canto
de espera e esperanto
e tudo se acalma e distrai
quando o dia germina...
e quando a noite se vai.

sábado, 7 de maio de 2011

Rabiscos

E tantas e quantas vezes teus olhos nos meus brotaram,
como infinitas lendas vivas, poemas e canções
infinitas gemas de infinitas constelações
e tudo tão efêmero e tudo tão fulgas
e perene e perpétuo como ninguém mais.

E tantas vezes quis eu parar, parar de ti querer
parar de te olhar
e nunca consegui tal intento
por total falta de vontade e de alento
pois você era minha única...
e última da alma túnica...
que quando de mim me apercebi
vi que já havia muito de mim esquecido.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Tudo muda...


Tudo muda neste mundo, muda o meu, o nosso e o vosso modo de pensar. Coisas acontecem para que possamos sempre mudar, fome, dor e sofrimento cada sensação e cada sentimento, alegria e satisfação, prazer e sofreguidão.
Tudo nos impulsiona para mudar, tudo muda. Um dia jamais é igual a outro dia, uma noite é sempre incomparável, uma hora de nossas vidas ainda mais se for perdida é como oportunidade passada e vencida.
Tudo muda e é assim mesmo, a vida precisa de mudanças, água parada torna-se pântano, alma parada é como parada água que se perde em desencanto. Tudo muda e tem que ser assim.
Para que as mudanças existam é preciso renovação, de novo a ação, é preciso termos em mente, que para avançar é preciso o passado enterrar, olhar em frente, seguir e caminhar.
Para renovar é preciso renascer em todos os sentidos, renascer em pensamento em sentimento e em ações é preciso fazer novos os nossos velhos corações.
Como assim?
É preciso renascer, voltar de mãos e mente vazias, de coração renovado em carne músculos e sangue, é preciso voltar ao útero materno, renovar-se e reencarnar-se. Misturar-se às entranhas de uma velha amiga e agora estranha.
Para hoje e depois e sempre chamarmos de mãe.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Uma flor que canta com Jeito de Mato.



Uma flor que canta
e minh'alma se levanta
e vai em direção ao teu mar.

Uma flor que encanta
de uma voz feito mantra
e de um divino olhar.

Há uma estrada
que me leva a sonhar...
há um tempo a se viver cantando
em uma nova vida gestando
com flores e cheiro de mato
com divino e fino trato
de poemas, de poesias
de mil flores e mil fantasias
aos teu cabelos enfeitar.

De sereno e de pleno dia,
de manhãs e de maçãs,
flores e hortelãs,
de noitinha que se principia.

Há uma estrada de pedras,
toda linda e caprichosa
de poema e de canção,
dessa pedra rara  e preciosa,
que é teu enorme coração.

domingo, 24 de abril de 2011

De um jeito que é só seu...

De um jeito que é só seu
e meu coração já em ti se perdeu
e de onde é que vem
esse teu jeito todo zem?

Esse teu olhar é todo um mar
de mil emoções
e todo azulejo do céu
é teu todo mel
do enxame desse teu olhar
desse eterno mar de azul estelar...

Poema amigo que anda comigo a me inspirar
é feito um imenso rio em que fico a me banhar
é feito um caminho assim e caminhar...

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sempre é agora.

Sempre é hoje, ontem e ainda amanhã,
sempre é sempre de dia de noite e de manhã.
Sempre é nunca sem.
E o Sempre vem
antes do aquém e depois do próprio além.

Sempre o contrário de nunca e jamais,
jamais estarei ausente
se sempre estiver presente
e se Sempre não for demais.

Sempre e Nunca, tão iguais,
dois conceitos contrários
quase que irreais,
quase que imaginários.

O Nunca, nunca poderá,
o Sempre, pode ainda não ser.
Se o que é e sempre o será,
ali dentro e cá de fora,
o que há e realmente o é,
é o simples e constante agora.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Vida de caboclo

Vida de caboclo,
no mato tornado campo
de letras dormentes
e sementes de esperanto.

Vida de cabloco
morto em vivo tormento,
tinha como nome Seo Bento.
Levava tiras de pano ao vento
a lembrar dos dias de santo...
Seo Bento morto por dentro
cantava nos dias cinzentos
eterno e meigo canto,
letras dormentes...
e sementes de esperanto.

Vida de caboclo
de mato tornado campo
de flor de alfazema
de colibri e pirilampo
de flor dente de leão
de flor que se semeia
no fundo do coração.

Seo Bento cantando ao vento
curava as velhas feridas
tornando o mato em campo
de flores novas e sortidas.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A cada dia

A cada dia que se inicia
inicia-se em mim
um novo despertar

A cada noite que se aproxima
aproxima-se de mim
um novo sonhar

Amanheço assim em pensamentos de outono
de folhas caindo
do vento zunindo
e de azulíneas flores

Anoiteço assim em noites de outono
de pessoas partindo
de lágrimas caindo
e de estranhas dores.

domingo, 3 de abril de 2011

Dez encantos

O encanto de falar,
o encanto de ouvir
o encanto de florir
o encanto de olhar
e o encanto de sorrir.

O encanto de escrever
o encanto de refletir,
o encanto de ler,
o encanto de escolher
e o encanto de existir.

Dez palavras encantadas
dez palavras para cantar,
dez palavras para ouvir,
o encontro das dez palavras
com o encanto de encantar
e com o encanto do descobrir.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Decanto

De vez em quando...
não é sempre, talvez latente
sem quase nunca despertar...
esse poema mora comigo
como divino inquilino
a jamais me abandonar...

De quando em vez...
e é quase sempre
ele nunca ausente
fiel se faz
e se desfaz
em versos de verbos
de guerra e paz.

Decanto essa poesia,
no feltro de meu coração
quem mais me diria
que tudo isso é em vão...

Traço meias verdades
em meias mentiras
em meias claridades
de leigas meninas

de tristeza e iniquidade
de bonança e desventura
de campo e de cidade
de azedume e de doçura

Traço e decanto
em letra folha e pranto
de papel e cinzel
de alabastro e de quebranto

Decanto temas e teoremas
de tempos e de templos
de ventos e tristes lamentos
de subidas e de ladeiras

Decanto o meu tempo
que se esvai por entre meus dedos
vai embora
na poeira de que é feito

Decanto esse encanto
que me reveste de tempo
nova mente sinto-me folha morta
levado por esse velho vento.

quarta-feira, 30 de março de 2011

O inverno de Cartola

Em cada alvorada,
e em cada estrada que se anuncia
cada canto em ti e por ti perdido
cada canto em Si e por ti pedido

e em cada soneto vão
em vão todo meu ser
sem nunca ter-te e se assim for,
nunca ser-te assim o divino amor.

Ouço Cartola em invernos de seu tempo...
em ti então me atento
em querer ser-te puro outono,
desassombro em cada rubor de dia
em cada canto prosa e poesia
em cada verso imerso em amor
em universo imerso em flor.

Em cada outono te busco em flores
de mil versos e de mil amores
de cada primavera ferida
de cada verão vencido
e de cada inverno por vir...

De cada verso ferido
haverá então surgido, e ainda por surgir,
uma nova primavera em flor,
de canto encanto e poesia,
decantando o meu amor.

terça-feira, 29 de março de 2011

Epitáfio

Epifania
Ao ler-te dei-me quase a ver-me,
num epitáfio de quem ainda não está pronto e nunca o estará.
Vejo-me em altercações onde o grande a ser vencido sou eu, o grande eu que seduz a mim, o grande eu que vos reduz e me eleva para a grande queda. O super eu, o super ego, e onde o meu alter ego? de Deus e de adeus?

Vejo-me nessas linhas, mas não em todas, vejo-me em toscas e tortas rotas, caminhos em desalinhos de alfas e jotas, não nascido pronto e em constante mutação, vivo e morto, luz e escuridão, em busca do intangível e invencível moinho de meus sonhos, poeta de mim mesmo em constante iato.
Sol, água e substrato.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Na tentativa de contentar o mundo.

Nos perdemos quando queremos contentar o mundo todo, o mundo todo é muito, contentar o mundo é contentar todos, e isso é impossível, os Beatles sabem disso. Me perco também quando quero contentar a todos, fico sem foco, claro que a rejeição é coisa que machuca e magoa e sempre tento evitar isso, mas existem obstáculos e cicatrizes que agigantam-se sobre mim e me esmagam, sou impotente diante delas.
Fico quase sempre com a sensação de que estou em falta com uns e outros...

terça-feira, 22 de março de 2011

O universo conspira a nosso favor, mesmo quando não concordamos.

Há uma conspiração no ar, tudo conspira tendo por objeto a humanidade. Quase nunca percebemos isso, quando cremos que essa conspiração está a nosso favor, chamamos quase sempre de sorte, quando nos contraria, alcunhamos de azar. O Universo encadeado pelas leis matemáticas e físicas de atração e repulsão, causa e efeito configura-se como uma imensa obra inacabada. A raça humana onde quer que esteja, participa dessa criação num papel de co-criadora, modificando a natureza em uma segunda natureza, através do trabalho, mas não o trabalho "tripalium", castigo usado na antiguidade, mas sim um trabalho "labor", de identidade do que obra em sua obra, trabalho e realização, trabalho e desenvolvimento de nossas potencialidades na construção de um mundo melhor e por extensão de um universo mais digno. Muitos não pensam assim.
Essa conspiração celestial presente em todo o universo está à nosso favor, mesmo quando não concordamos. As leis de ação e reação nos impelem ao progresso e à evolução, caminhamos numa estrada feito por nós mesmos, colhendo do que plantamos, recebendo do que enviamos, num fluir de pensamentos e ações incessantes onde contruímos assim nosso próprio destino.
É preciso refletir sobre a vida, a nossa vida, num exercício de prática, reflexão e prática. É preciso olhar o universo exterior a partir do que sentimos do nosso universo interior.
Cada ser humano é um universo em miniatura, temos nós todos nossos terremotos e tsunâmis, nossas revoltas e guerrilhas íntimas, temos nossos invernos e verões, por ora tudo é outono.
As folhas irão cair e cobrir o chão de marrom, depois o frio nos remeterá à necessidade de nos recolhermos entre chás e cafés na companhia dos que nos são caros. Quando entrar setembro, Beto Guedes que o diga, as flores voltarão e novamente sentiremos o universo conspirar a nosso favor.

segunda-feira, 21 de março de 2011

O ôba ôba no Obama.

Não quero fazer coro aos insurretos de plantão com o Fora Obama! Nem tampouco a subserviência tucana de tempos tucanos e antanhos. Quero fazer coro aos que dizem que mulheres e negros aqui e acolá podem e devem governar, quero fazer coro à democracia e ao acesso à ela, quero fazer coro também aos que não tem voz nem vez.
Quando ligo a TV e tudo me leva a crer que eles pensam que sabem tudo… e o pior, que eles querem que nós saibamos as suas meia verdades como inteiras, sinto que ainda existe muito por que lutar. Quero uma TV democrática, multifacetária e multicolor como é nosso povo em sua alma e tez, crenças e querenças, quero muito mais que o controle remoto, quero uma TV de perto.
A visita do presidente Obama ao Brasil revela que o Brasil vai bem, obrigado. Revela também a proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas, do petróleo além do sal que é pré, do crescimento econômico e de nossa necessidade de investimentos em infraestrutura, habitação e de nosso mercado crescente de produtos manufaturados. Isso tudo faz do Brasil um barril de oportunidades. Se bem que Obama não significa um rompimento dos paradigmas imperialistas do Tio Sam e Dilma não significa o fim do machismo no Brasil, entretanto são avanços inegáveis.
O Brasil receber a visita de um presidente negro que não seja de um país da África já é novidade neste mundo tão branco, ter uma mulher presidente de um país de tradição machista também é uma novidade. Juntar os dois na mesma sala já é um evento memorável. Repetir isso daqui a alguns anos, um desafio da humanidade.
Oxalá possamos eleger mais Obamas e Dilmas pelo mundo afora, para isso só a democracia e com ela uma TV realmente democratizada e democratizante.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Piruetas Vermelhas

 
Um dia, numa madrugada fria,
teu sorriso era só luz
brilhava mais que a lua nua
estrela guia para a nau que a conduz
Este teu sorriso
mais que sereno
é terno e pleno
de luz e de luar
É explendor de alegria
fonte de minha poesia
e de minha vontade de amar
Este teu sorriso
é tão duradouro
brilha feito ouro
que não cessa de minar
Neste teu peito eterna mina
menina que nina
todo meu sonhar
És-me a fonte de desejos
eternos devaneios
de um eterno sonhar
Minha meiga senhorita
pequena gema de ametista
teu sorriso é um quasar.

Imagens do Japão

As ruas passaram rápidas por mim, lembrei delas ao ver imagens do Japão, lá também as ruas passaram rápidas e não passaram, ficaram num vai e vem que fez tudo estremecer, incrivelmente os grandes arranha-céus não se abateram e majestosos ficaram de pé.
Vi também que além dos movimentos das ruas, as praias nuas se encheram de tudo… carros, casas, barcos e barcas, numa cena de espanto. Em cada casa em cada canto as águas entraram sem convite e sem cerimônia.
Agora vejo mais água, gente jogando água nos reatores numa tentativa de esfriar as “coisas”. Vejo a paciência oriental chegar aos seus limites, falta gasolina, falta comida e falta água potável. As autoridades orientam às pessoas para que fiquem em suas casas. Aqui do outro lado do mundo as pessoas de pequenos olhos e grandes corações mobilizam-se para a ajuda humanitária em uma tragédia humana. Eu aqui fico de espectador, quase constrangedor, num quase nada fazer. Fica aqui a torcida de que o chão não se contorça mais e que as águas possam ajudar a esfriar as “coisas”. Vou rezar e depositar minhas esperanças num cenário melhor, ah! também vou depozitar minha pequena contribuição para as vítimas da trajédia no Japão e para as nossas vítimas aqui na região sul.
PS. As manchetes sobre o Japão desfocaram as manchetes da Líbia, lembram da Líbia?

quinta-feira, 10 de março de 2011

Ser feliz e amanhã ser.

Ser Fé e Elis
ser então feliz
ser, ter, crer,
viver antever sobreviver
o que sempre se quiz.

Ser o ser e tão somente ser
sem nunca ter o que ter,
para ser então feliz.

Ser só e somente ser
o que nunca se quis,
e nunca sendo
nunca lendo
e só escrevendo
o que nunca e sempre se quis.

Profética e poética mente
somente a semente
do que se quis nascer
ser hoje e ser ontem
sem nunca ser,
e o amanhã ser.

domingo, 6 de março de 2011

Om Namah Shivaaya

Toda vez toda tez;
todo ato todo fato
toda brisa que ameniza
e todo furo em todo muro
em todo canto em cada canto
onde o pranto e o manto
mantém o desdém de alva cor
em cada suspiro em cada clara em cada neve
e onde quer que você me leve
e onde sozinho eu for,
levo teu mantra comigo
como eterno amigo
amparo e abrigo
de uma semente que hoje é flor.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Sementes ao vento...

Como sementes ao vento as nossas idéias,
como sementes de dente de leão
como sementes ao vento elas se vão,
Cada pensamento em cada momento,
é toda uma geração.

Somos um e somos cem.
Mentes espalhadas e perdidas
encontradas e feridas
preservadas e pervertidas,
numa imensa comunhão.
Somos todos dente de leão...
Dormentes, latentes sãos e doentes
em eterna união...

Nossos pensamentos, sementes ao vento
ternura e tormento, só vinho e solidão.
Novos pensamentos, sementes do vento,
escritura e momento, sozinho e multidão.

Como sementes ao vento,
nossas idéias se vão,
cada pensamento um nascimento
de uma nova geração.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Porto de amor


Navegar e navegar,
estrada andante, mar céu, poesia
fundear numa baía,
soltar âncora e aportar...

Porto seguro maresia,
em que esta nave tão errante
atraca fundeia e se amotina,
navegador deserta do sextante
encalhado na areia da nostalgia.

Doravante caminhar...
estrada linda
lar luz fantasia,
Ter o céu por moradia
papel e pena, versejar

Céus de Maio noites orvalhadas
estrelas brilhantes do sul
cruzeiro no intenso azul
luzes em raios sereno orvalho,
azul é a madrugada.

Mãos pequenas pedintes de pão;
Calor.
Riacho rebento da fonte
que se agacha sob a ponte
espalhando a vida pelo chão.

E devagar bem de mansinho
natural é o amor
que sustenta o universo
desde o solar sistema mais complexo
ao simples cantar de um passarinho.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O dia do porco.

Numa sexta feira que não era 13 ele voltou, se não por inteiro, deu mostras de que era vivo e que poderia estar entre nós sem os nós que a vida nos envolve. Com jeito frágil veio em meio a colóquios vãos, chegou como por engano, eu mesmo não o havia convidado, mas ele veio, para nossa surpresa foi bem recebido e teve quem gostasse.
Aquele menino todo frágil aparecera, mesmo sabendo que poderia ser pisado, ele ousou sair da toca.
Resta saber se seu alter ego, o que sempre o oprime e se estabelece, o deixará respirar nestes dias quentes de verão.
Flávias preferem o menino.
Eu ainda estou aqui olhando no espelho.

Voltamos.

Após um recesso forçado nosso blog volta à luz!!!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Quando era.

Quando era sol brilhava
quando era sol luzia
quando era sol reinava
quando era sol unia.

Quando era luz ficava
quando era luz fazia
quando era luz iluminava
quando era luz abria.

Quando era amava
quando era corria
quando era sonhava
quando era ia.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Sendo eu somente teu.

Ser...
não somente ter...
ter-te sem teu ser
sendo eu somente teu
mais que teu somente seu
mais que sendo teu
mais que ser teu flerte
teu ramalhete que floresceu.
Sendo Europa e Prometeu
sendo Julieta e morto Romeu
sendo Papa e sendo ateu
sendo tudo e nada sendo
nascendo e sempre morrendo
sendo sempre um eterno adeus.

Hoje e sempre

Hoje e sempre
vou querer,
hoje e sempre
correr
em tua direção.

Hoje e sempre
serei teu
hoje e sempre
adeus
hoje e sempre solidão.

Hoje e sempre
camafeu
hoje e sempre
prometeu
luz e escuridão

Hoje e sempre
e até mais
hoje e sempre...
guerra e paz
hoje e sempre
e talvez
hoje e sempre
nunca mais.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Até que a morte os...reúna.

Foi assim, com seu melhor vestido e um lenço no pescoço, rosto sereno apesar dos anos que pesaram tanto, que ela se foi. Partiu deixando para trás lembranças de tempos de alegria, viagens, e família. Família no amplo sentido da palavra, um grupo de pessoas que se toleram, se amam e se degladiam por coisas grandes e também por coisas pequenas.
Ela foi embora deixando perguntas que eu não sei ainda responder. Uma prima minha disse ter visto meu pai no final de 2010, ele segundo ela, vinha buscar minha mãe, havia sido incumbido dessa tarefa.
Então, acredito nisso, escalaram o Lambari, meu pai, para buscar minha mãe, quando ele estava por aqui, formaram um casal especial, amantes da dança e das coisas boas da vida, viveram juntos por quatro décadas, isso por si só já é louvável, natural que ele venha recepcioná-la neste momento especial de sua vida.
E foi assim como na promessa diante do altar, "até que a morte os separe", que a morte finalmente os reuniu na grande pátria.
Sejam felizes!
PS:
Mais cedo ou mais tarde estarei chegando aí!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Lama e ouro

Valter Campanato Agência Brasil
Nova Friburgo e Terezópolis,
São José do Vale do Rio Preto,
Areal e a bela Petrópolis,
Bom Jardim e agora Sumidouro
por baixo da lama almas e ouro.

As chuvas vieram e tudo se foi...
à semalhança de gigantesco garimpo
homens e mulheres garimpam gente.

Voltamos.

Sem nunca termos ido voltamos,
sem nunca desistirmos teimamos,
sem nunca termos tido doamos,
sem nunca termos chovido secamos.

Sem nunca conhecendo-os amamos,
sem nunca termos dito falamos,
sem nunca ouvindo-os escutamos
sem nunca termos querido aceitamos.

Sem nunca termos perdido achamos,
sem nuca termos esquecido lembramos,
sem nunca termos partido juntamos.
Sem nunca termos ido voltamos.