Quando a noite cai
o sonho se esvai
em delírios de realidade.
Quando a noite cai
a insônia me atrai
pelas vielas da cidade.
Caminho entre desertas ruas,
túneis e vagos pontilhões,
desperto entre palavras cruas
em desertos e multidões.
Tudo se perde sem um porquê,
estrelas caem desacordadas,
do brilho desbotadas,
anêmicas de você.
Quando a noite cai,
a poesia se contrai
parindo um fonema
feito de papel e pena,
mel, pão e poema.
E quando a noite cai
a alma quase livre se vai
em busca da alvorada
até que sua eterna amada
se manifesta como novo dia
de esperas e quimeras,
em uma nova poesia.
Abraça-o num canto
de espera e esperanto
e tudo se acalma e distrai
quando o dia germina...
e quando a noite se vai.
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