As ruas passaram rápidas por mim, lembrei delas ao ver imagens do Japão, lá também as ruas passaram rápidas e não passaram, ficaram num vai e vem que fez tudo estremecer, incrivelmente os grandes arranha-céus não se abateram e majestosos ficaram de pé.
Vi também que além dos movimentos das ruas, as praias nuas se encheram de tudo… carros, casas, barcos e barcas, numa cena de espanto. Em cada casa em cada canto as águas entraram sem convite e sem cerimônia.
Agora vejo mais água, gente jogando água nos reatores numa tentativa de esfriar as “coisas”. Vejo a paciência oriental chegar aos seus limites, falta gasolina, falta comida e falta água potável. As autoridades orientam às pessoas para que fiquem em suas casas. Aqui do outro lado do mundo as pessoas de pequenos olhos e grandes corações mobilizam-se para a ajuda humanitária em uma tragédia humana. Eu aqui fico de espectador, quase constrangedor, num quase nada fazer. Fica aqui a torcida de que o chão não se contorça mais e que as águas possam ajudar a esfriar as “coisas”. Vou rezar e depositar minhas esperanças num cenário melhor, ah! também vou depozitar minha pequena contribuição para as vítimas da trajédia no Japão e para as nossas vítimas aqui na região sul.
PS. As manchetes sobre o Japão desfocaram as manchetes da Líbia, lembram da Líbia?
Sempre me sinto solidária diante das catastrofes naturais e humanas, mas não tem como não se identificar com minha etnia, principalmente aos "velhinhos", os mais idosos, porque isso me traz a lembrança do meu avó que em 1910 saiu de lá buscando esperança, e minha família de hoje é éssa esperança...
ResponderExcluirTambém não tem como associar esses "velhinhos" a Hiroshima e Nagasaki, fico imaginando o que eles devam estar sentindo agora...
Mas assim como todos os seres humanos, os japoneses serão capazes de se reorganizar e mesmo que perfilados, como sempre fazem com sua retidão, seguir em frente e transformar essa realidade!