sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Sombras

sim era eu que me esgueirava pelas paredes,
como uma sombra,
como uma brisa mofa,
descartada de ar,
quase como nada,
quase como um não,
sendo um quase adeus de um quase perdão,
uma ofensa ferina,

que sendo morta é mortal,

sendo mulher é menina,
sendo inerte é puro flerte,
sendo nobre é plebeu,
sendo atalho vira estrada,
sendo então tudo e quase nada,

Era eu que me esgueirava,
buscando ser tua sombra e viver assim de ti...

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