quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Foi-se novembro

Chovia quando a febre tão repentinamente alta abalou sua consciência, chamando pela mãe e sentada na cama, recebia o socorro de neto e nora, o neto aos 13 de idade via-se na preocupação precoce de quem estava responsável por alguém tão frágil, a nora aos 33, sentia sobre a fronte a coroa de espinhos dessa aflição.
O carro para à porta, carregada nos braços fortes do amigo de sempre, rumam ao pronto socorro do instituto de cardiologia, no caminho a chuva inundava tudo, carros iam parando, a cidade de São Paulo num caos anunciado parava quase como um colapso. Dentro do carro a prece foi novamente o remédio providencial, quase que inexplicável os carros foram abrindo caminho e puderam continuar a viajem. Chegando no instituto foi colocada numa cadeira de rodas e irromperam emergência a dentro, médicos e enfermeiros rodearam-na de imediato, soro e sedativos, anti-térmicos e anti-convulsivos ministrados prontamente.
Ela aquietou-se na maca da emergência, seus pensamentos já não se manifestavam em palavras desconexas, lá pela meia noite, a chefe do plantão chama filhos e nora, informa que tudo está sendo feito, tudo, mas é grave.

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